Se formos honestos, todos podemos admitir que temos perguntas sobre certas questões — especialmente aquelas maiores que enfrentamos ao lidar com uma crise. O que fazemos ou dizemos, por exemplo, ao vermos uma luta familiar com uma longa doença, crise financeira ou morte prematura? O que podemos dizer a uma região inteira que está lutando para lidar com um desastre natural ou uma guerra? Trazendo para a nossa realidade, o que fazemos quando essas calamidades nos atingem? É aqui que brigamos com questões do tipo: Por que isto acontece? Deus existe? Ele se importa? Por que estamos aqui? De onde viemos? Alguma coisa tem um significado definitivo? Quando fazemos perguntas, não queremos uma resposta simples. O mero conhecimento não é suficiente. Precisamos fazer as perguntas certas. Queremos saber os porquês. Por que as pessoas boas sofrem e depois nos deixam? Por que as mães jovens são deixadas para lidar com uma família sem nenhum marido? Por que Deus permite que grupos inteiros de pessoas sejam arrasados por acontecimentos além do controle humano? Por quê? Lidar com os porquês da vida não é exclusividade da nossa geração. Imagine como deve ter sido no Israel do primeiro século da Era cristã, quando um rabino revolucionário surgiu na Galileia. Jesus fez e disse algumas coisas radicais que despertaram desconfiança e geraram perguntas. Jesus foi inspirador, poderoso — e desconcertante. Em essência, Ele gerou uma crise dentro da comunidade judaica. Por quê? Porque Ele desfez comportamentos e práticas muito estimados que estavam enraizados no povo judeu desde o estabelecimento da lei de Moisés. Quando as pessoas tentaram descobrir quem era Jesus, fizeram-lhe perguntas. Vemos isso no breve relato da vida do Salvador, em Marcos 2. Por quatro vezes, as pessoas perguntam a Cristo por que Ele se comportava daquela forma. Elas o questionaram sobre a Sua identidade e o que pretendia fazer. Assim, esses questionamentos merecem nosso olhar minucioso.