Único romance escrito por Oscar Wilde, O retrato de Dorian Gray foi publicado em 1890 na revista Lippincott's Monthly Magazine. Na ocasião, sem avisar o autor, os editores optaram por suprimir mais de quinhentas palavras do romance, por considerá-lo indecente. Esse ato revoltou Wilde, que republicaria o texto em livro no ano seguinte, revisado e ampliado – esta é a versão que trazemos nesta edição.
Dorian é um homem que se encanta com a visão de mundo hedonista do aristocrata Henry Wotton, que considera que a beleza e a satisfação sexual são as únicas coisas que importam na vida. Ele deseja então vender sua alma para que apenas um retrato seu pintado a óleo envelheça e desapareça, mantendo sua juventude eternamente. Como Fausto, Dorian tem seu desejo atendido e parte para uma vida libertina e amoral.
A obsessão estética e a vida de aparências são temas centrais de O retrato de Dorian Gray. Ao retratar uma questão humana que persiste por séculos, Wilde criou uma obra-prima da literatura que merece seu lugar entre os maiores clássicos da história.