“O Relógio do Comandante” e suas outras histórias dispensam maiores apresentações porque sua forma induz de pronto a uma agradável intimidade, descortinando o verbo e partindo para o que realmente importa, ao revelar as imperfeições da vida como ela é. Cada crônica é um convite à descoberta de novas linguagens, tanto na forma de contar como através da viagem que nos leva a encontrar personagens de carne e osso, repletos de sentimentos e certa dose de maledicência, algo que pode estar inevitavelmente no DNA de todos, inclusive no surpreendente DNA dos seres ficcionais.