O que há neste exílio que nos move? Trata-se de temas como amor, a dor, o desespero, memórias, imagens, evocações; uma voz que se mistura com outras e luta pra ora, assumir-se como si mesma ora, para diluir-se na miríade de elementos dispersos que buscam vir a ser. Há choques e camadas, explosões líricas e cruezas descritivas, e a realidade se forma na comunicação que insiste e falha, acontece, e em vias de desaparecer, mostra-se em fragmentos e fagulhas: consonante com a própria experiência do contemporânea em sua ausência de totalidade. É pelo fragmento que luminoso, irradia multiplicidades, que se encontra uma possibilidade de acontecimento.