A janela é o limiar e a passagem entre o que está dentro e o que está fora de nós. Dela podemos contemplar as minúcias do mundo e voltar os olhos, ao mesmo tempo, para nossa própria consciência. Em O que eu via da janela, Maria Eduarda Andára Fagundes faz esse movimento constante de abrir e fechar as cortinas, deixando-se consumir pela paisagem de fora ao mesmo tempo em que acolhe em seus versos as lembranças de amores passados, nostalgias e saudades.