Vitor Ressler, aos 15 anos, sofre um acidente que marca seu rosto para sempre. Entre os corredores da escola e as ruas da cidade onde mora, submete-se ao olhar dos outros, à crueldade do bullying, e forma sua própria identidade. Ao longo da história, o jovem toma consciência dos preconceitos e visões deturpadas de mundo que atravessam o estrato social ao qual pertence, a classe média cai-não-cai, e descobre que suas ideias sobre futuro e progresso pessoal são um amálgama das possibilidades da juventude com as limitações que a própria vida lhe impõe. O que cabe em duas linhas é a jornada de autodescoberta de um adolescente com toda tragédia e beleza que essa etapa da vida encerra. Um romance de formação sensível que reverbera o que todos nós vivemos e sentimos um dia. Pois, como disse o poeta: "todo mundo é parecido quando sente dor".