PRÓLOGO – O INÍCIO DA GUERRA CÓSMICA Há bilhões de anos, no instante em que o universo nasceu, a expansão não trouxe apenas luz — trouxe também caos. Trilhões de galáxias se formaram, cada uma com suas estrelas, seus planetas e suas próprias civilizações. E onde há civilizações, há ambição. Com o tempo, o silêncio do cosmo deu lugar ao som de guerra. Galáxia contra galáxia, sistemas inteiros reduzidos a poeira. Mas as guerras não eram apenas pelo domínio — eram pela conquista absoluta. Cada civilização visava capturar os minérios, a energia vital e os recursos naturais uns dos outros. A supremacia galáctica era medida por aquilo que se podia extrair e destruir. Foi então que surgiram os Anciões, magos milenares, originários dos confins das galáxias mais antigas. Eles formaram um Conselho Universal, decretando uma nova ordem para frear o colapso total do universo: as guerras não seriam mais abertas, mas sim disputas sagradas entre Protetores. Cada galáxia passaria a ter um único defensor, um ser escolhido a cada cem anos, dotado de força, consciência e, acima de tudo, um coração puro. Se o Protetor de uma galáxia fosse derrotado, ela se tornaria propriedade da galáxia invasora, incluindo seus mundos, povos e riquezas. Durante milênios, o equilíbrio precário se manteve. Mas o destino do Sistema Solar — e da Terra — estava prestes a mudar. Nos registros humanos, a Terra foi criada por Deus. Chamaram-no de Jeová. O que os terrestres desconhecem é que Jeová era o Protetor da galá