Ele jurava que era o assassino.
A verdade era pior.
Francine Breary, sensível apenas aos próprios sentimentos, controlava as mínimas facetas da vida do marido, Tim, e ditava regras que pretendiam reger as emoções de todos ao seu redor.
Vítima de um AVC e presa a uma cama sem poder se mover ou falar, ela encontra o fim de sua existência. Quem terá sido o verdadeiro culpado pela sua morte? Um crime de crueldade deliberada ou apenas um gesto de misericórdia?
Rancores, inseguranças e arrependimentos preenchem todos os cantos de Dower House, aquela casa onde revelações assustadoras fazem com que pessoas comuns potencializem peculiaridades que as tornam monstruosas.
"Toda vítima de assassinato é alguém que inspirou, em pelo menos uma pessoa, o desejo de que ela não existisse."
Devido a um atraso no voo de volta para casa, a empresária Gaby Struthers precisa pernoitar em um hotel e dividir o quarto com Lauren Cookson, uma das passageiras. Numa conversa com essa mulher até então desconhecida, Gaby descobre que um homem com quem tivera um relacionamento amoroso acaba de confessar o assassinato da esposa. Mas ela tem certeza de que Tim Breary não seria capaz de cometer aquele crime, e a fé na sua inocência faz com que tente salvá-lo.
Encarregado da investigação, o detetive Simon Waterhouse lida com a certeza de que há algo muito errado com aquele caso, sobretudo porque o pretenso assassino, embora respaldado por depoimentos de outros dois casais, que moravam com ele e a esposa na bizarra Dower House, se recusa a fornecer um motivo para ter matado Francine.
Com reviravoltas, muita ação e suspense, Sophie Hannah conduz o leitor por uma narrativa intensa e emocionante, povoada por personagens complexos, imperfeitos, excêntricos, e, por que não, divertidos – como os já familiares Charlie e Simon, a dupla de investigadores capaz de resolver seus intricados casos com sagacidade e humor.