Ora, galhos, aleluia! Os cabeçudos enfim nos deixaram e levaram junto suas máquinas e clínicas malucas. O sossego parece estar por vir. Só que um zumbido estranho ecoa pela Floresta Caduca. Uma nova espécie tão exploradora quanto os cabeçudos assume o posto de líder: as raposas se colocam como os seres mais inteligentes de todos. Ah, esses orelhudos... Todos entram nessa onda. É uma veneração sem sentido perante tudo que as raposas acham que sabem. Inclusive quando inventam de ser juízes de concursos de beleza entre animais. Agora as passarelas receberão os desfiles de patas, cascos e asas das mais diversas. Bichos que deixaram de caçar para conseguirem corpos esbeltos e não desarrumarem os penteados. Tudo na esperança de se tornarem os novos raposotes e raposetes da estação. Senão a última salvação só poderá vir das águas da Fonte dos Iluminados... A vaidade fala mais alto que o próprio bem-estar. É isso que os orelhudos querem nos inculcar. E é isso que não poderei permitir.