Resumo. Tarcisio é professor de história bem pessimista. Crê que a ideologia acabou; que a crise ambiental já é algo insolúvel; que a história brasileira é repetitiva e desinteressante e que o carnaval e o futebol não tem a espontaneidade do passado e que, sobretudo, não aceita a disparidade de riqueza e de oportunidades do mundo. Já padre Mingos é um homem que se recusa supervalorizar o pretérito. É atento as belezas e perigos de nossa época e tenta dar ao novo amigo, Tarcisio, um novo alento. Tudo isso sem nenhum tipo de proselitismo ou imposição, mas primando pela lógica. Desse aparente antagonismo nasce uma bela amizade e uma série de diálogos, de reflexões sobre o país e o mundo e suas potencialidades, perigos e erros. Tudo isso baseado na filosofia e, sobretudo na história. E a partir de um sermão sobre Lázaro nasce uma amizade entre um liberal e um conservador, um pessimista e um positivista, um saudosista e um contemporâneo. Pessoas que em tese nunca conversariam, por serem bem diferentes entre si, .mas que em torno de uma mesa de café se entenderam e se enriqueceram mutuamente.