No coração pulsante e ferido de São Paulo, um padre percorre ruas, becos e praças com um carrinho de supermercado transformado em altar sobre rodas. Chamado de "comunista" por uns, "santo" por outros, ele não prega apenas com palavras — sua fé se traduz em gestos concretos, defendendo crianças sem lar, migrantes, idosos, pessoas LGBTQIA+, mulheres abandonadas e todos os que a cidade insiste em esquecer. Quando conhece Pelé e as crianças do velho casarão abandonado, o padre descobre um universo de histórias marcadas por perdas, coragem e sonhos quase apagados. Entre lembranças de Tisiu — o líder que a violência levou — e o cotidiano de sobrevivência, nasce um pacto silencioso: transformar abandono em lar, medo em proteção, invisibilidade em dignidade. Narrado com lirismo e realismo, o livro costura retratos comoventes de personagens que, mesmo feridos, carregam uma esperança teimosa. É um romance de denúncia e ternura, onde cada pequena vitória — um prato de comida, um documento, um sorriso sem medo — se torna um ato de resistência. Mais do que uma história, O PADRE COMUNISTA — O Casarão dos Invisíveis é um chamado à sensibilidade, à justiça e à coragem de acreditar que um mundo mais humano começa na esquina de cada gesto solidário.