O autor nos presenteia (regiamente) com surpresas linguísticas e faz da semântica sua maior aliada. Rodolfo é um estilista da palavra escrita e possui (sorte a nossa), a capacidade em sugestionar, emocionar e instigar o leitor. A obra em questão reinventa o amor revelando uma individualidade inquestionável, posto que nosso autor (creio eu) - discorre sobre seu próprio eu, manifestando ser o remetente da mensagem. O enredo aprisiona o leitor de tal forma que não há sinais de cansaço na estrutura das linhas e nem tão pouco indícios de verborragia, acabando por sucumbir-nos (felizes), tal é o apelo lírico que envolve história e personagens. Rodolfo revela-se flexível dentro de seu vasto conhecimento linguístico e aproveita para brincar com as palavras, tornando-se íntimo acabando por embriagar-se num coquetel de sinônimos, antônimos e homônimos. Pode-se dizer que RR é um caçador de palavras. Ele as doma, fazendo delas - escravas! Enquanto o leitor, submisso espectador em palco supremo, ab(sorve) a sopa nutritiva para seus neurônios. Entre os equinócios RR Barcellos convida solstícios, desfilando neles seu encanto peculiar, remetendo à obra (em justa causa) - "O Outro Nome da Rosa", o poder místico do amor em conjunção com a Mãe Gaia; permitindo e projetando o nascimento da "Flor": A ROSA DA MANHÃ! Lu Cavichioli