Durante a década de 2020 ocorrerá uma transformação que nunca se viu numa profissão em tão pouco tempo. Já começou.
Empregos, remuneração, atividades profissionais e oportunidades para empreender e ganhar dinheiro de forma nova em saúde.
Não se trata apenas de ferramentas novas para fazer as coisas de sempre. Consultas via Telemedicina, já são um salto radical, mas automatizar, digitalizar, processos de interação com o paciente (usuário/cliente/constituinte). Novas organizações de saúde aparecerão. A tecnologia vai habilitar formas diferentes de se fazer medicina, induzindo o aparecimento de organizações diferentes do hospital e do consultório médico- as duas organizações mais típicas da medicina.
A tecnologia hoje permite que indivíduos sejam digitalizados (genoma, sensores remotos, algoritmos, inteligência de dados etc.). Os efeitos disso já estão se fazendo sentir.
As fontes pagadoras serão outras, e a remuneração do médico terá seus critérios alterados. Saem as operadoras (planos de saúde) e entram as orquestradoras digitais em saúde.
Grandes porções do cuidado médico acontecerão sem intermediação de médicos. Outros profissionais (enfermeiros/técnicos) ocuparão instâncias do cuidado que hoje são dos médicos (a medicina deixará de ser uma atividade de clínicos apoiada por dados, para tornar-se uma atividade de dados apoiada por clínicos). As escolas de medicina não ensinam o que seus alunos precisam saber para que se tornem atores (e não sejam apenas figurantes) nessa nova era da medicina.
Com base nas heurísticas (regras práticas) de uma abordagem a que chama de NOVA CIÊNCIA- (constituída pelas disciplinas da INOVAÇÃO SISTEMÁTICA, CIÊNCIA DA COMPLEXIDADE e GESTÃO) - Clemente Nobrega desvenda um quadro fascinante que interessará a todos que já estão testemunhando a chegada da revolução da informação à saúde.