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O nazista e o psiquiatra

O nazista e o psiquiatra

Sinopse

A história real por trás de um dos principais julgamentos decorrentes do fim do Holocausto. Um estudo sobre a origem da crueldade humana.

Preso em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial, Hermann Göring foi levado a um centro de detenção administrado por norte-americanos, em Luxemburgo. Devastado pela guerra, ele estava acompanhado de dezenas de malas, que continham todo tipo de parafernália: medalhas, pedras preciosas, dois cortadores de charutos, roupas íntimas, uma bolsa de água quente e dinheiro. Além disso, trazia, escondido numa lata de café, um conjunto de frascos de latão que continham cápsulas de vidro com um líquido: cianeto de potássio. No mesmo centro de detenção, estavam outros membros da elite do regime nazista: o almirante Döz, o comandante das forças armadas Wilhelm Keitel e seu vice Alfred Jodl, o mentalmente instável Robert Ley, o suicida Hans Frank e o propagandista pornográfico Julius Streicher. Ao todo, cinquenta e dois nazistas de vários escalões permeavam o lugar. Dentre todos esses nomes, a figura de destaque e dominância era Göring.

Para garantir que os cativos estivessem aptos para o julgamento em Nuremberg, o exército dos EUA enviou o capitão Douglas McGlashan Kelley, um psiquiatra ambicioso, a fim de supervisionar o estado mental dos prisioneiros durante a detenção. Vendo ali uma oportunidade única em sua carreira, Kelley começou uma busca perigosa e profunda para que pudesse encontrar um traço psicológico distintivo entre esses criminosos de guerra. Por conta de seus terríveis atos, seriam eles mais ou menos humanos que o restante da humanidade?

Assim começou um relacionamento notável entre Kelley e seus prisioneiros, que é narrado neste livro pela primeira vez, com acesso exclusivo aos papéis e registros médicos do psiquiatra. Dessa forma, Jack El-Hai expõe os perigos da busca e dessa aproximação perigosa, porque, contra todas as suas expectativas, Kelley começou a se afeiçoar e a compreender alguns dos prisioneiros nazistas, mas nenhum mais do que o próprio Hermann Göring. O mal, afinal, tinha seus encantos.