Este livro busca refletir sobre a forma como a linguagem cinematográfica permite, através de uma articulação entre valores estéticos e ideológicos, tanto representar uma determinada sociedade como construir e/ou consolidar uma memória a respeito dos mais diversos grupos sociais presentes naquele microcosmo.
Dentro desta perspectiva, serão analisadas algumas obras produzidas no Brasil entre os anos de 1960 e 1964, identificadas dentro de um movimento cinematográfico moderno e de contestação, intitulado e reconhecido por seus idealizadores como "Cinema Novo". Assim, os filmes serão debatidos em seus universos simbólicos, buscando identificar a forma como o tema da marginalidade social permeou esta primeira fase do movimento e de que maneira estas películas tentaram construir, através de suas narrativas, uma representação do Brasil naquele contexto histórico.
A leitura deste estudo é indicada para historiadores, sociólogos, críticos de arte e cinéfilos interessados em se aprofundar na análise fílmica e compreender a relação cinema-história dentro de uma abordagem histórico-estrutural.