O nascimento da Antropologia na América Latina é repleta de curiosidades, controvérsias e interrogações. São questões antropológicas subjacentes ao próprio desenvolvimento do ser humano que ainda permanecem adormecidas no inconsciente coletivo de qualquer brasileiro, de qualquer mulher e homem latino-americano.
Neste horizonte, este livro é, ao mesmo tempo, um convite e uma crítica. Um convite no sentido de conceder ao leitor a oportunidade de se descobrir, entender sua própria história, suas raízes, como também a história das pessoas que o precederam: seus pais, avós, bisavós e tantos outros que de forma direta ou não fazem parte de sua memória, fazem parte da história do desenvolvimento da antropologia na América Latina.
Uma crítica no sentido de denunciar o processo de colonização, a espoliação, a escravidão, as torturas, os sofrimentos desmedidos, a desfiguração do ser humano, aos sistemas de governos e tantas outras injustas práticas que resultaram em um repulsivo fenômeno antropológico atual, isto é, a passagem do estado de escravidão e semiescravidão ao estado de marginalização dos mais diversos grupos sociais no Brasil e demais países da América Latina. Seja bem-vindo a sua própria memória, bem-vindo a uma história marcada por lutas e conquistas, emancipação e libertação.