Uma obra-prima da literatura clássica, O mercador de Veneza chega à Coleção Cícero com prefácio do advogado, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras Jurídicas José Roberto de Castro Neves e a impecável tradução de Barbara Heliodora.
Possivelmente, ao lado de Romeu e Julieta e Hamlet , O mercador de Veneza tornou-se uma das peças mais populares de William Shakespeare. De todo o cânone shakespeariano, O mercador de Veneza é a peça com maior apelo jurídico ― o que faz dela a preferida entre os estudantes e profissionais do Direito. Embora haja muitos julgamentos nas obras de Shakespeare ― mais de dois terços de suas peças relatam alguma forma de julgamento ―, em O mercador de Veneza o ápice da emoção ocorre numa corte de justiça e boa parte da discussão gravita ao redor de temas jurídicos.
A comédia (como foi considerada na época) gira em torno de Antonio, um rico mercador de Veneza que pede um empréstimo a um agiota judeu chamado Shylock para ajudar seu amigo Bassânio a cortejar a rica herdeira Portia. Shylock concorda emprestar o dinheiro, mas exige uma libra de carne como garantia em caso de inadimplência. Quando Antonio não consegue pagar a dívida, Shylock exige sua libra de carne em julgamento.
Uma peça que fala, principalmente, sobre aparência, empatia, preconceito, rebeldia juvenil e justiça, escrita com a genialidade de que só William Shakespeare era capaz.