O Médico de Almas não nasceu de um desejo de escrever, mas de uma necessidade de curar. Cada crônica é uma consulta silenciosa, um encontro entre o autor e suas próprias feridas, que acabam sendo as mesmas que latejam em todo ser humano. Por trás das palavras, há um consultório que não tem paredes nem estetoscópio — apenas o eco de perguntas antigas: por que sofremos? o que é ser salvo? onde mora a paz que o mundo prometeu e nunca entregou? O médico desta história não é um homem de jaleco, mas alguém que aprendeu, com o tempo e as perdas, que existem dores que o bisturi não alcança. Ele escuta confissões sem altar, prescreve silêncio a quem fala demais e fé a quem já desistiu de acreditar. Nas entrelinhas, o autor se revela também paciente — um doente em busca de Deus, que escreve para se lembrar de que ainda há esperança. Este livro é o retrato de uma peregrinação: da mente ao coração, da religião à fé viva, do diagnóstico da alma à descoberta da graça. Cada texto é uma ferida aberta que cicatriza em forma de palavra. Porque curar — ele aprendeu — é outro nome para amar.