Em O livro dos humanos, Rutherford analisa as semelhanças e diferenças entre nós e os outros animais quando se trata de código genético, fala, habilidades cognitivas e até o conceito de arrependimento.
Com uma abordagem original e bem-humorada a respeito da vida na Terra, Adam Rutherford explora uma série de características outrora consideradas exclusivamente humanas, mas que hoje sabemos que não são: diversos animais confeccionam e utilizam ferramentas para facilitar suas atividades diárias; falcões australianos pegam gravetos em chamas de incêndios florestais e os derrubam propositalmente em áreas de grama seca, criando novos focos de fogo que provocam evacuações frenéticas de presas com as quais se banqueteiam; golfinhos foram observados adotando hábitos por meio da transmissão cultural; o sexo sem fins reprodutivos certamente ocupa uma grande parcela do interesse e do tempo de muitos humanos, mas não nos torna únicos: os bonobos são ainda mais motivados, tendo relações sexuais várias vezes ao dia, com diferentes parceiros, inclusive do mesmo gênero; macacos são capazes de aprender linguagem de sinais, e o gene FOXP2, conhecido como o "gene da linguagem", tampouco é uma exclusividade humana, estando presente no DNA de pássaros canoros e até mesmo no de ratos.
A evolução, no entanto, nos permitiu desenvolver nossa cultura em um nível de complexidade que supera qualquer outro observado na natureza. Em O livro dos humanos, Rutherford analisa as semelhanças e diferenças entre nós e os outros animais quando se trata de código genético, fala, habilidades cognitivas e até o conceito de arrependimento, e conta a história de como nos tornamos as criaturas que somos hoje. Iluminada pelas mais recentes descobertas científicas, esta obra é um compêndio emocionante do que inequivocamente nos caracteriza como animais e, ao mesmo tempo, revela como somos extraordinários.