O objetivo deste livro não é apenas destacar os filmes proibidos, mas como esse processo de repressão aconteceu em suas mais diversas vertentes. Incontáveis filmes foram censurados, com banimentos, cortes e mutilações por conselhos de censores, entidades religiosas, civis, policiais e órgãos governamentais em escala mundial. E, sim, esse processo sem tribunal aconteceu – e ainda hoje acontece –, também, no interior dos próprios estúdios, embora em escala bem menor. Para expressar e ampliar nossa consciência quanto à história dos filmes alvejados e perseguidos, durante quase 130 anos de existência do Cinema, por repressões e intolerâncias em vários tipos, em todos os continentes, torna-se imperioso o conhecimento da perseverança em busca da imagem em movimento. Afinal, essa busca teve seu processo iniciado em nossa Pré-História e foi incansavelmente formulada ao longo da História, até o final do século XIX, quando, finalmente, com a vitória conquistada, conseguimos transformá-la em Arte. Pedro Martins Freire nasceu em Fortaleza, em 1951. Estudou a Sétima Arte no Clube de Cinema de Fortaleza (CCF), a partir de 1966 e na Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro (1972). Foi crítico de cinema nos jornais Correio do Ceará, Unitário, O Povo e Diário do Nordeste, entre 1981 e 2014. Graduou-se em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Foi o 1º curador do Cineclube do Centro Cultural BNB (1998-2011), do Studio Beira-Mar (1995-1998), do Grupo Severiano Ribeiro (GSR), 1ª sala do Estado do Ceará dedicada a filmes de arte e da retomada do Cinema de Arte – projeto do CCF (1963-1977) –, em parceria com o publicitário Tarcísio Tavares no Cine Gazeta do Shopping Center Um (1981-1992).