Uma vez formulada, a execução de uma política pública visa solucionar um problema ou dar conta de uma necessidade específica da sociedade. O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), gerenciado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) desde 2007, é uma dessas políticas que, nesse caso, voltada à formação inicial de professores e à valorização do magistério, tem contribuído para melhor inserção dos licenciandos no contexto das escolas públicas durante a sua formação acadêmica sob a orientação conjunta de professores escolares e docentes das Instituições de Ensino Superior (IES).
É notável os resultados positivos desse Programa referentes à qualidade da formação docente que passou a ser oferecida pelas IES participantes do Programa. Entretanto, apesar do seu mérito, muitos dos aspirantes ao magistério são excluídos da condição de "iniciantes à docência", por conta das exigências de participação ou pela insuficiência das cotas de bolsas oferecidas. Além disso, criou-se duas modalidades para os professores escolares que formam os futuros docentes: os colegas das escolas que orientam os licenciandos nos estágios curriculares dos cursos de graduação (sem bolsa) e os "supervisores" do Pibid (com bolsa).
Nesse sentido, com a análise de editais de seleção de participantes e de dados obtidos, além dos depoimentos de participantes enquanto "coordenadores de área/núcleo"/docentes das disciplinas de estágio curricular supervisionado da Universidade Federal Fluminense (UFF), este estudo ora apresentado tem o intuito de averiguar as contrariedades do Pibid surgidas durante a sua implementação nos diferentes cursos de licenciatura dessa instituição, tendo como referência os seus objetivos como política pública.