Este trabalho, resgata um pouco da história de vida do batataiense, Altino Arantes Marques. Nascido a 29 de setembro de 1876, na pequena cidade do interior paulista. Seus antepassados vieram de Portugal para o Brasil no século XVII e o ramo de que descende Altino Arantes, se instalou em Aiuruoca, Minas Gerais e de lá se espalhou pelo Brasil afora. Menino esperto como muitos de seu tempo teve uma infância comum, mas desde muito cedo mostrou penhores para o estudo e segundo ele próprio, com dez anos de idade teria iniciado o exercício da política, quando aluno da escola do professor Camilo Ferreira de Menezes foi incumbido de saudar, Suas majestades Imperiais que vieram a Batatais em 26 de outubro de 1886, para inaugurar o ramal da Estrada de Ferro da Companhia Mogiana. Quando jovem integrou ainda em Batatais, a maçonaria, fundando com companheiros como: Washington Luís Pereira de Sousa e Joaquim Celidônio Gomes dos Reis, a Loja Maçônica Filantropia II, em dezembro de 1896, irmandade da qual se desligou por convicções pessoais no início do século XX. Sua carreira política se destacou principalmente durante a República Velha 1889 a 1930. Ocupou vários cargos na administração pública estadual, Secretário do Interior por dois mandatos, e Presidente do Estado do São Paulo sendo eleito deputado federal por várias legislaturas até 1950, quando foi candidato a vice presidente da República na chapa de Cristiano Machado. Exilado no Movimento Revolucionário de 1932, voltaria ao Brasil anos depois e continuaria as lides na política. Após seu afastamento voluntário nos anos 1950, continuou gerenciando e presidindo instituições das quais era membro, entre elas: Academia Paulista de Letras, Academia Paulista de História, Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Fundação Sinhá Junqueira. Visionário, um de seus destaques na atuação política foi a autorização da entrada de imigrantes japoneses no Estado de São Paulo em 1908 e durante seu governo ter intensificado este processo de imigração, o que lhe valeu em 1919 a outorga da Comenda da Ordem do Sol Nascente, uma das maiores honrarias concedidas pelo Governo Japonês. Criou dois Bancos Estatais, os extintos: Banco do Estado de São Paulo (BANESPA) e Caixa Econômica de São Paulo (NOSSA CAIXA). Foi distinguido por amigos e adversários com vários apelidos entre eles: Patativa, ave que tem um canto soberbo e melodioso, por conta de seu discurso apurado e coerente, e o Jequitibá, árvore frondosa de raízes fortes, que permanece altiva e radiosa amparando com sua sombra todos os que estão a sua volta, por sua disposição em defender os princípios de fé e legalidade e trabalho de seu povo.