Quando o José nasceu, o meu pai considerou-se o homem mais feliz do mundo como se aquele fosse o primeiro e não o undécimo rebento. Tanta felicidade fez brotar nas outras mulheres uma ponta de ciúme que se propagou como uma doença contagiosa aos filhos, sentindo-se, a partir desse momento, discriminados pelo excesso de afeto demonstrado pelo pai para com o seu último herdeiro. Por ser José tão clarinho, puxando mais ao lado da mãe, também concorria para o sentimento que alastrava entre a criação do pai, como uma nuvem negra pressagiando tempestade.