Entre esses dois extremos da fé tradicional e racionalismo militante encontra- se toda forma de opinião concebível sobre esse grande problema do próximo passo da humanidade na evolução psíquica. Pode-se dizer que a posição intermediária é mantida por aquelas pessoas que sabem que superaram a Igreja como exemplificado no cristianismo, mas que, portanto, não foram levadas a negar o fato de que uma atitude religiosa em relação à vida é tão essencial para elas quanto crença na autenticidade da ciência. Essas pessoas experimentaram a alma tão vividamente quanto o corpo, o corpo tão vividamente quanto a alma. [...] É para esse último grupo de pessoas que Jung fala em termos convincentes. Ele não foge da difícil tarefa de sintetizar seu conhecimento da alma, adquirido em seus muitos anos de prática como psiquiatra e analista, em um fundo de informações disponíveis e aplicáveis a todos. Ele dá essas pistas sobre a natureza e o funcionamento da psique pela qual o homem moderno tem dolorosamente tateado. O ponto de vista que ele coloca diante de nós é um desafio para o espírito e evoca uma resposta ativa em todos que sentem dentro de si um desejo de crescer além de sua herança.