Com a evolução e migração da Internet de fins militares para atividade comercial, observou-se a exploração deste espaço por empresas para a divulgação dos seus bens, serviços e imagem (marca). No início, a prática consistia apenas na mera replicação e adaptação de formatos veiculados em mídias tradicionais, mas o ofício sofisticou-se e passou a ser alvo de maiores atenções. Isso, tendo em vista a popularização da Internet no meio dos anos 1990 e o surgimento das redes sociais nos anos 2000. O tempo dedicado à atividade on-line pela maioria dos indivíduos do planeta cresce a cada ano. Hoje, inclusive, a distinção entre a vida off-line e on-line é bem tênue e, muitas vezes, quase imperceptível, segundo Schimdt e Cohen (2013). Contudo, a exploração comercial do meio digital esbarrou na transformação do consumidor. O consumidor, que passou a ser mais crítico após a década de 1970, encontrou na Internet uma ferramenta poderosa para potencializar seu senso crítico. Esse consumidor passa a ser mais participativo no processo comunicacional, podendo, inclusive, optar pelo conteúdo que deseja consumir. Dessa forma, surgem os adblockers. A exploração desenfreada do ambiente, sem regulações, levou a más práticas de veículos e anunciantes. Estes, almejando divulgar a todo custo seus produtos/serviços, passaram a utilizar muitos recursos intrusivos que interrompem a navegação do internauta. Portanto, algumas empresas passaram a desenvolver softwares que bloqueassem a publicidade no meio on-line, para fins holísticos ou talvez comerciais (o que não cabe a este trabalho investigar). O surgimento do adblocking se alicerça nesse pilar de escolha e empoderamento do consumidor moderno, que passa a decidir o que vai consumir na web e, muitas vezes, opta por não ser impactado por publicidade.