Regis era apenas um menino, que desde antes de completar sete anos de idade, já sonhava em se tornar um grande astro da música popular sertaneja do Brasil, por isso sempre se dedicou a estudar muito, não só em sua escola primária, mas principalmente, aprendendo violão, canto e coreografia. Assim como sonhara, seu sucesso, fama e riqueza, acabaram chegando muito rápido e ele então se tornara aparentemente uma das crianças mais felizes deste mundo, mas o que ele só iria descobrir aos poucos, era que o preço a ser pago por esta fama seria alto demais. Preços aparentemente inofensivos, como a perda da infância, a ausência dos pais, o convívio com adultos, que muitas vezes, mesmo sem intuito de maldade, acabava expondo o menino a um mundo perigoso, que o levaria também ao fim de sua inocência, através da exposição às bebidas alcoólicas, drogas e prostituição. Regis, porém, em modo hiperativo, acabava se vendo obrigado, mesmo sendo apenas um menino, se tornar homem e conseguir lutar por sua felicidade, dentro da fama, riqueza e um mundo ingrato, onde muitas vezes impera também as injustiças. ©©©© Foi por amar as crianças, que me vi envolvido nesta aventura especial, diferente e muito gratificante: A aventura em me tornar um dos principais amigos desse garoto muito bonito, simples e acima de tudo, com seu coração puro, cheio de amor ao próximo e de uma grande beleza espiritual. Porém, uma aventura onde, como todas, surgem seus momentos dolorosos e tristes. Quero compartilhar com você, amigo leitor, a quase completa estória deste meu amiguinho, REGIS DE ASSIS MOURA, uma criança, a qual conheci por acaso e confesso, jamais me esquecerei; pois foi ele quem me ensinou a amar ainda mais a simplicidade e pureza das crianças; fez-me aprender a ser feliz: a sorrir quando é hora de chorar; a abraçar quando é hora de surrar; a amar quando pensar que é momento de odiar; a cantar quando só quer protestar; a ser simples quando quiser ser importante; a ser criança quando se sentir rabugento… Se você gosta de crianças, gostará de ler a esta estória. Procure entrar nesta vidinha simples e então irá sorrir e deixará correr lágrimas também, conforme notar o desenvolver desta minha aventura, diferente e longa. Meu verdadeiro objetivo foi tentar mostrar o amor e simplicidade infantil, deste garotinho hiperativo, que conheci enquanto trabalhava. Na época, ele tinha quase sete anos de idade e me aceitou entre a relação de seus principais amigos. Os anos passaram e nossa amizade cresceu. Na época eu era muito jovem e sequer tinha filhos, mas mesmo assim, aprendi a amá-lo, como se ele fosse meu primeiro filhinho e ele, em sua simplicidade invejável, retribuía este amor, que me causava muito orgulho.