Os alertas contra o regime russo liderado por Putin há muito tempo denunciavam que Moscou se preparava para a guerra. Em fevereiro de 2022, o conflito de fato teve início, com a invasão do território ucraniano pelas tropas russas. Se não havia motivo para se surpreender com a violenta decisão do Kremlin, cabe, no entanto, uma importante pergunta: como as lideranças ocidentais permitiram que essa situação ocorresse?
Em O grande confronto, o membro do parlamento europeu Raphaël Glucksmann reage a essa questão fundamental. E a resposta é chocante: além da covardia de alguns – que toleraram as ingerências de Putin para evitar um conflito aberto –, parte da elite política da Europa e dos Estados Unidos se deixou corromper. Líderes alemães, italianos, franceses e norte-americanos colocaram seus interesses pessoais acima dos interesses coletivos de seus compatriotas. Em vez de trabalharem para uma transição energética livre de combustíveis fósseis, preferiram tornar suas nações dependentes dos recursos da Rússia, como petróleo e gás, em troca de um assento no conselho das estatais russas e de uma aposentadoria recheada.
Glucksmann identifica esses políticos por nome, revelando os acordos políticos e econômicos obscuros que permitiram a Putin e a um conjunto de mafiosos russos fortalecerem seu poderio militar e sua influência. O autor argumenta que é hora de resistir a essa tirania. A descarbonização da economia, além de ser um imperativo ambiental, agora se torna uma arma de guerra.
O grande confronto é uma leitura imprescindível para uma melhor compreensão da real dimensão dos desafios do nosso tempo.
"Em seu novo livro, o parlamentar europeu Raphaël Glucksmann descreve como a Rússia vem se infiltrando em nossas democracias – e em nossas mentes – há anos. Vertiginoso!"
Axel Gyldén, L'Express
"Vinte anos de prevaricação e compromisso desde que o líder do Kremlin chegou ao poder, em 2000, precederam esse momento decisivo, escreve Raphaël Glucksmann em seu recente livro O grande confronto."
Isabelle Mandraud, Le Monde
"Estamos em uma época de guerra e bipolaridade. Podemos ter desejado um 'relacionamento estratégico' com Moscou, mas a Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, está travando uma guerra híbrida contra nós, o 'Ocidente', cujo fim ela jurou, apostando em suas fraquezas internas, conforme relatado no excelente livro do eurodeputado Raphaël Glucksmann, O grande confronto."
Laure Mandeville, Le Figaro