Apresentação Amado ou usado? Vítima ou culpado? Um garoto baiano vem para São Paulo para viabilizar um sonho. Vitimado pelas circunstâncias, acaba na cama de homens, mulheres, travestis e casais. E foi justamente por meio do erotismo praticado de todas as formas que Diego conheceu o gosto do sexo sem rosto. Um romance polêmico, fascinante, bombástico e erótico-recreativo com gosto de morte e vida como nunca houve. Em meio a tudo isso, Diego encontra Alexandre, que trazia consigo a proposta de um prazer demasiadamente grande. Esse encontro é marcado por uma interrogação: o papel do amor é nos lembrar que o inferno existe? Mais que uma história de amor, este livro propõe, pela história real de um garoto de programa, uma discussão isenta de fascismos sobre euforia, solidão, hedonismo, compulsão sexual, drogas, relacionamento aberto, vaidade, incesto e depressão pós-sexo dentro da indústria do sexo em São Paulo. Diálogos afiados e descrições precisas levam o leitor a uma história plena de prazer e emoção, proporcionando o que se espera de um bom livro: diversão. Sem pieguice, essa obra apresenta uma trama capaz de conduzir o leitor até as últimas páginas sem artifícios mirabolantes. Ainda sem o maniqueísmo de muitos livros, este de forma equilibrada, dosa cada palavra, permitindo preencher suas páginas com o que existe de melhor na literatura, daí o prazer em disponibilizá-lo para publicação. Fruto da coragem e ousadia, ele é um texto sensível, forte e picante que tem a missão de provocar. Cada palavra é amparada pelo desejo profano e humano de declarar a morte do pecado. A confissão categórica de quem comeu, bebeu e viveu a prostituição. Aqui gargalhadas, esperma e lágrimas têm cor, gosto e cheiro. Um retrato explícito de uma realidade sexual latente. "O gosto do sexo sem rosto" inaugura uma nova e corajosa forma de fazer literatura. Pornografia e subjetividade se encontram e desse duelo nasce à prova irrecusável de que é possível revelar a nudez que nos faz experiênciar sensações antes desconhecidas e seduzir a vida. Apresento aqui formas de fome sexual que o próprio desejo desconhece, proponho ao leitor conhecer e desafiar os limites do próprio corpo e do próprio tesão, utilizando sempre o pensamento como campo definitivo de atuação.