Neste livro, o autor aborda o intrigante tema da possessão demoníaca e como a mesma era encarada à época (década de vinte) pela religião, pela ciência e pelas crenças populares. O cenário é uma região do planalto catarinense, a mesma onde se desenvolveu a chamada Guerra do Contestado que deixou profundas feridas em suas populações, propiciando o surgimento de santos e profetas, como o famoso São João Maria, até hoje venerado pelas populações locais. Ali, também, teve marcante atuação um frade franciscano de nome Frei Rogério Neuhaus, também considerado santo e famoso pelos numerosos exorcismos que praticou. Foi na figura lendária desse frade que o autor se inspirou para criar O Filho de Anita. O livro narra a luta entre um exorcista e o Senhor das Trevas, com aspectos inusitados, numa atmosfera cheia de suspense. O Demônio se manifesta através da figura de um rico e misterioso fazendeiro que trava uma luta feroz para afastar o exorcista da jovem possuída, Anita, para a qual ele tem planos muito especiais. Entra em cena um médico italiano que não aceita as manifestações do sobrenatural, mas que não tem explicações para os fenômenos que acontecem à volta da jovem. Ela é bonita, inteligente e vive numa grande fazenda no Planalto Catarinense. Anita está possuída pelo Espírito das Trevas que transforma num inferno a sua e a vida de seus familiares. Então, participa da trama, um piedoso frade que se propõe fazer um exorcismo para livrá-la do espírito impuro, mas essa decisão tem um preço muito elevado para o jovem exorcista. O livro tem um final surpreendente.