A fragmentação do Evangelho e a apresentação deste como uma síntese de ideologias e filosofias pós-modernas, sem dúvida alguma, é a causa
principal de um cristianismo débil, sem substância e, consequentemente, incongruente. O crescimento exacerbado dos evangélicos nas últimas décadas levanta uma pertinente questão: como pode haver um número significativo de cristãos ao redor do mundo e um testemunho tão tímido como o que temos visto? A resposta é: o Evangelho tem sido frequentemente adaptado e fracionado. É impossível acrescentar um mínimo fragmento humanista ao Evangelho sem que ele seja perdido por completo. Da mesma forma, qualquer apresentação reducionista da Mensagem a esvaziará de seu poder e eficácia. À luz de três expressões encontradas no Novo Testamento: Evangelho da graça, Evangelho do Reino e Evangelho eterno, o leitor será conduzido a uma compreensão abrangente das Boas-Novas. "Como Deus salva", "Por que ele salva" e "O que salva" são as ênfases principais da seção teológica do material. O Evangelho Completo é, portanto, uma boa notícia a respeito da revelação de Deus em Cristo, da sua obra consumada em favor dos homens, da afirmação da beleza da criação e da soberania e imutabilidade divina em realizar toda a sua vontade. Outro desafio enfrentado pelos cristãos de forma geral é a necessidade de uma exegese cultural. "Falar na língua dos homens", ou, em outras palavras, a capacidade de contextualização da Mensagem e uma visão assertiva da cultura serão fatores preponderantes para que os cristãos resgatem o respeito e o direito de testemunharem sua fé na arena pública. Dessa forma, serão capazes de dialogar inteligivelmente com as demandas reais da presente geração. O leitor ainda encontrará uma breve introdução das variadas manifestações do "espírito da época" — as estruturas filosóficas que conferem aspecto religioso às ideologias — e aprenderá como o Evangelho se opõe sistematicamente a cada uma delas, apresentando-se, assim, como esperança singular para uma época de desespero!