Os jovens atletas encontram-se em um período no qual são atraídos pelo valor meritocrático do esporte, em que dedicam tempo, valores econômicos, relações sociais, a juventude e sua escolarização no objetivo de atingir a profissionalização e um suposto estrelato. Estes atletas entram em uma socialização profissional aprendendo técnicas e comportamentos exigidos para a carreira. Concomitantemente, também devem despender tempo em sua escolarização, o que parece gerar conflitos de interesse ao priorizar uma dessas escolhas. Aqui temos dois veículos ideológicos da modernidade, esporte e escola, a apontar caminhos que incorrem em apreensão distinta por meio de uma ênfase na aquisição de um capital corporal ou de um capital cultural (BOURDIEU, 2014).