As relações oriundas do estado de exceção permanente podem ser tomadas em todos os aspectos dos Estados Modernos, principalmente quando observamos a ascensão dos regimes totalitários da primeira metade do Século XX e dos campos de concentração nazistas com a subjugação do ser humano pelo próprio homem, tornando-o assim um inumano.
O advento das democracias no Pós-Segunda Grande Guerra Mundial (1939-1945) veio em conjunção a um discurso de "superação" desses acontecimentos e prevalência dos direitos humanos, discurso esse amplamente desmentido pelas ditaduras militares da segunda metade do mesmo Século XX e de suas políticas desumanas e criminosas.
Essas políticas de exceção não desapareceram devido a nossa incapacidade para lidar com os fatos e resultados que as relações do campo de concentração imprimiram nas democracias, fazendo com que seu discurso de superação seja tão cruel quanto suas práticas ainda muito evidentes.