O espelho quebrado da branquidade: aspectos de um debate intelectual, acadêmico e militante enfatiza aspectos importantes de uma temática complexa, revisitando teorias sociorraciais, fazendo referência ao silêncio em abordagens da temática da cultura afro-brasileira e africana ou às reproduções desses temas feitas nas academias. Uma preocupação fundamental na obra é chamar atenção para o hibridismo cultural existente nas relações entre negritude e branquitude, em que as academias são desafiadas a abrir-se e avançar no tema da diversidade cultural e racial, buscando subsídios em prol de um convívio equilibrado e construtivo entre as diversas etnias e raças. Cabe, pois, às universidades, uma tarefa relevante no sentido de superar, sem atritos e curto circuitos, a forte presença da ideologia dominante e hegemonicamente branca, superando éticas enganosas, ainda tão presentes no nosso cotidiano, de modo particular, no que tange à problemática dos afrodescendentes.
O livro permite mostrar a relevância da retomada da reeducação racial entre os brancos e afrodescendentes, buscando revelar as situações veladas que levam à geração da violência simbólica, com suas discriminações no cotidiano civil e religioso das pessoas. Por fim, considera-se nesta obra que, para haver avanços, é fundamental uma abordagem transdisciplinar no processo de reeducação das interações raciais.