Em "O espelho", o personagem Jacobina, um homem que participa de uma conversa entre amigos, ouve diferentes opiniões sobre a maneira de compreender a vida humana. Diante do assunto, ele passa a recordar uma experiência marcante de sua juventude, vivida anos antes, quando fora nomeado alferes da Guarda Nacional e passara uma temporada na fazenda da tia Marcolina.
Ao lembrar esse período, Jacobina descreve como a nova patente alterou o modo como todos ao redor o tratavam, conferindo-lhe uma importância que não esperava. Quando a casa se esvazia e ele permanece quase sozinho, o ambiente muda de forma súbita, e essa transformação o leva a encarar a própria presença com estranheza.
No relato, Jacobina explica como a solidão e a convivência silenciosa com um espelho no quarto o conduziram a uma impressão profunda sobre si mesmo, marcada pela percepção de que sua imagem parecia depender tanto do olhar dos outros quanto daquilo que julgava encontrar em sua própria figura.