O escorpião da sexta-feira, publicado originalmente em 2002, conta a história de um perigoso sociopata que ronda as ruas de Porto Alegre. Por entre bares e boates, passeia um assassino frio e cruel que, como os escorpiões que tanto conhece e admira, sai à noite de sua toca para escolher suas vítimas.
Antes do crime, ele ronda suas presas, excita-as e arma um jogo de sedução sofisticado, com direito a vinhos finos e perfumes caros. A encenação e a mentira aumentam tanto seu prazer quanto o horror de suas vítimas. "Luísa confundia a premeditação paciente com carinho, ternura. O escorpião, antes do ataque, aquieta-se, distende os pedipalpos, abaixa a cauda, mimetiza-se com o ambiente, para que o inseto não tenha a menor chance de reação", revela o assassino.
Uma elaborada e inteligente metáfora sobre valores e pecados do ser humano; bem e mal, amor e paixão, luxúria e pureza; este romance reforça o grande talento de Charles Kiefer e oferece ao leitor mais uma oportunidade de conhecer sua obra.