É possível observarmos na trajetória histórica do Serviço Social uma constante preocupação com a formação profissional. O campo pedagógico de ensino e de formação profissional não deixa de ser um campo de poder, de disputas e de liberdades.
Por certo que o modo de pensar de uma profissão determina a estruturação de seu currículo; sabemos que ele é, sem dúvida, um instrumento que tende a expressar a orientação cognitiva, social e política pretendida por determinada área profissional; e, nesse sentido, é um campo de disputas, um território contestado no qual os saberes são hierarquicamente organizados segundo as convicções ideopolíticas dos projetos pedagógicos, geralmente definidos em campos de discussão cuja correlação de forças procura dissolver as diferenças e as divergências.
Existimos como sujeitos humanos. O valor que atribuímos a uma teoria não pode contradizer os próprios valores.
No contexto de diversidades de pensamentos e de posições, prevalece uma mesma disposição: preservação do espaço de debate e respeito à pluralidade de conhecimentos, disposição necessária à melhor qualificação de nossa profissão, o Serviço Social.