Com a proposta de estabelecer uma democracia radical através da implantação de
reformas nacionalistas e populares, o chavismo lutou para romper com o processo
eurocêntrico capitalista de dominação econômica e cultural, imposto aos países da
América Latina a partir do período colonial e que perdura até o presente. O governo de
Hugo Chávez (1999-2013), ao mesmo tempo em que incorporou milhões de
venezuelanos ao cenário político do país, questionou o poder hegemônico dos
Estados Unidos e inspirou diversos movimentos sociais na Europa e no continente
latino-americano ao demonstrar que outra forma de governar, mais participativa e
protagônica, era possível.