Escrever foi um conselho que meu analista recomendou. É colocando para fora todas as mágoas, todas as dores, todos os traumas, toda a violência interna que temos, passaremos a nos conhecer melhor. Ao invés de sair por aí agredindo fisicamente, verbalmente, escreva, escreva, escreva, escreva até a exaustão. E foi assim que resolvi fazer. Afinal de contas, terei muito que relatar, de bom e de ruim, como todo mortal, plantado na face da Terra. Ainda mais o que contarei, com certeza, não será tão comum assim. Aguçará olhos curiosos e sedentos de informações e recolherei satisfatoriamente muitas críticas, será inevitável, porém uma experiência maravilhosa e enriquecedora. Escrever um diário é difícil, mas é um trabalho ocupacional e terapêutico muito interessante. É rebuscar o ontem com sinceridade consigo mesmo. É ser autêntico, sem precisar ser medíocre. Como diz um psicólogo famoso, precisamos "ter iniciativa e acabativa", o que gostei muito, por sinal, é um incentivo. Não desistir nunca da meta e não deixar pendências, mas resolvê-las todas. Ser o que fui, uma prostituta de luxo...