É possível amar alguém a ponto de se entregar tão intensamente e fazer a si mesmo, vítima de seus próprios sentimentos? É possível colocar-se no lugar do outro e no ímpeto da tão intensa paixão decidir que, mesmo em meio ao caos, uma pequena demonstração de paz vale a pena?
Para Elizabeth, os títulos, o conforto e a riqueza não faziam parte do mesmo vocabulário dos prazeres da liberdade; ver-se livre e nos braços de quem lhe traria o gosto de sabores e sensações jamais vividas e principalmente longe do toque que repelia qualquer rastro que lhe fazia se sentir viva, com certeza valeria a pena.
A baronesa arriscou tudo o que pôde para não deixar que as correntes que lhe mantiveram presa em um mundo do qual não desejava pertencer lhe vencessem, mas será que foi suficiente? Só o que restou foi seu velho diário e a incansável e brava vontade de viver um amor que atravessou muitas vidas.