Um professor negro, agnóstico, retorna a sua cidade de origem (Salinas da Margarida – Recôncavo baiano) para enterrar seu avô, branco, de quase 100 anos. O retorno o faz reencontrar-se consigo mesmo através de um banho cultural nos hábitos e ritmos da vida afrodescendente da Bahia, mas também o faz experimentar coisas que jamais pensou existir, como o pedido de um antepassado senegalês, Diallo, uma essência errante, desde o Brasil-colônia, para que recolha "seus pedaços". Algo só possível com a ajuda de uma Yalorixá, e de uma irmã do professor que vive em outra dimensão em um ponto no mar de Salinas que entre os manguezais abre-se para um mundo gelado de neve e florestas úmidas. O professor descobrirá que reunir "os pedaços do seu mais velho" é na verdade montar o mosaico das culturas formadoras do brasileiro. "O Deus do sal", o velho saveiro de Seu Efraim, feito com madeira de baobá, será o transporte para os filhos de Diallo costurarem tempo e espaço juntando os pedaços de africanías que formam o povo brasileiro e suas essências.