Duarte Rocha é um homem que sempre seguiu as convenções impostas pela sociedade. Casado com Maria Clara, vive uma rotina estável, mas marcada por um distanciamento emocional. Quando Isabel, uma mulher ousada e com ideias modernas, chega à vila para ser a tutora dos filhos das famílias ricas, a vida de Duarte toma um rumo inesperado. Ele sente-se atraído por Isabel, e esse desejo não é apenas físico, mas também alimentado pela liberdade que ela representa, algo que lhe foi negado pela estrutura rígida de sua vida. Enquanto Duarte tenta sufocar esses sentimentos, Maria Clara percebe a mudança no marido e começa a refletir sobre o papel que desempenha como esposa. Ela, que sempre se viu como parte de um contrato social, começa a sentir as frustrações da submissão. A relação entre os três personagens gera tensão, com a cidade se tornando um cenário de especulações e julgamentos. Duarte vê-se dividido entre o dever e o desejo, enquanto Maria Clara decide, pela primeira vez, tomar as rédeas de sua própria vida, questionando sua posição. O clímax ocorre quando Duarte deve escolher entre arriscar tudo por Isabel ou manter a fachada de uma vida estável e respeitável. A trama, assim, revela as hipocrisias e as limitações da sociedade, bem como a repressão dos desejos humanos em prol da moralidade pública.