Azaria tinha apenas treze anos quando testemunhou a crucificação de Jesus em Jerusalém. Não era um apóstolo, nem um dos escolhidos — era apenas um menino judeu comum, curioso, inquieto e marcado para sempre pela cena que presenciou no Gólgota. A partir daquele momento, sua vida se tornaria uma peregrinação silenciosa em busca de sentido, fé e coragem para seguir adiante.
O Décimo Terceiro Apóstolo é uma ficção histórica baseada em eventos bíblicos, que reimagina a história do cristianismo primitivo pela ótica de um jovem que viu tudo, mas nunca teve seu nome registrado. Azaria caminha entre os grandes nomes da fé: Maria, João, Pedro, Madalena, Paulo e Lucas. Ele está nas sombras dos evangelhos, nos bastidores da fé, nos corredores da dúvida humana. Conhece o amor, o abandono, o perdão e a solidão. Não realiza milagres — sobrevive a eles. Não escreve cartas — mas guarda cada memória com o peso de quem sabe que a fé verdadeira começa no íntimo e termina no silêncio.
Do Gólgota às catacumbas de Roma, da casa do discípulo amado aos desertos da perseguição, Azaria atravessa o Império como testemunha viva da fé que não se impõe — apenas transforma. Enfrenta os dilemas da culpa, da vergonha, do medo e da exclusão até compreender que, para ser de Cristo, é preciso morrer para o mundo.
Mais do que uma narrativa sobre o passado, O Décimo Terceiro Apóstolo é uma jornada existencial. Um espelho da alma de quem busca respostas que a religião nem sempre oferece. Um convite para lembrar-se de que, muitas vezes, os maiores pilares da fé são aqueles que nunca subiram a púlpitos — mas viveram a verdade de joelhos, no escuro, sem aplausos.