Espirituoso, complexo e original: um retrato da feminilidade contemporânea em transformação.
Este é o segundo de três volumes da "Autobiografia viva" de Deborah Levy sobre escrita, feminilidade e filosofia. Além de O custo de vida, esta deliciosa trilogia de memórias é composta por Coisas que não quero saber e Bens imobiliários.
Deborah Levy começa a escrever este livro quando, aos cinquenta anos, se vê diante de muitas mudanças: seu casamento chegou ao fim, sua renda está diminuindo, sua mãe está morrendo e suas filhas começam a deixar o ninho. Em um momento em que "a vida deveria estar desacelerando, se tornando mais estável e previsível", ela decide abraçar a tempestade em troca de recuperar, sufocado sob camadas e camadas de resignação, um nome próprio.
Qual é esse papel ficcional escrito por homens e interpretado por mulheres que chamamos "feminilidade"? Quanto custa para uma mulher desestabilizar velhas fronteiras e derrubar as hierarquias sociais que fazem da mulher uma personagem secundária em um mundo que não é arquitetado a seu favor?
Criando pontos de diálogo com intelectuais como Marguerite Duras, Simone de Beauvoir e Emily Dickinson, e evocando suas memórias com sensibilidade e um delicioso senso de humor, a autora avalia o que significa ver na vida sentido, valor e prazer, além de o que significa apoderar-se da liberdade de escrever a própria vida.