Publicado em 1890, O Cortiço põe olhos sobre os marginalizados: lavadeiras, trabalhadores braçais, malandros e viúvas pobres.
Esses tipos são guiados pelos instintos, vícios e sexo, determinados pelo meio miserável em que vivem.
O olhar darwinista de Aluísio Azevedo posicionou o romance como a expressão máxima do Naturalismo na literatura brasileira.
No Rio de Janeiro do século XIX, o ambicioso português João Romão põe em prática seu plano de riqueza.
Com trabalho duro, avareza e desonestidade, levanta um conjunto de 95 casinhas; o maior cortiço da região.
A vida não tarda a brotar desse chão, fervilhante. Um organismo autônomo formado por aquela gente amontoada em cubículos, em busca da sobrevivência.
O Cortiço é um retrato das mazelas sociais que atingiam a capital do Império, sob a visão cientificista de um escritor que levou ao extremo a estética realista da época.
Uma obra que continua atual, tanto em sua temática quanto em sua linguagem.