Trata-se de pontuar os marcos históricos na sociedade no momento da "virada" do Serviço Social, analisar em tempo presente o avanço das posturas conservadoras na sociedade que resvalam na atuação profissional, a elitização e o academicismo "crítico", onde se percebe de modo mais evidente uma ação profissional crítica mais "consolidada" nas universidades, e ainda, pontuar as entidades político-representativas da profissão e o seu marco elitista da gênese aos tempos atuais. Mostrando pouco diálogo das entidades representativas e seu processo elitista, contribuindo para a segregação dos profissionais da ponta, os que não pensam conforme manda a cartilha "hegemônica" profissional. A direção profissional perpétua nos espaços político-representativos a sua gênese elitista, que prevalece desde sua origem, demonstrando os conflitos no interior da própria profissão. Se percebe uma construção teórica que sobrevaloriza o discurso "crítico da produção", com pouca interlocução em tendências afastadas do chamado "marxismo" na formação profissional, onde também os movimentos sociais, os sindicatos, os partidos enquanto poder político, de maneira intencional ou não, fragmentam a luta social e política com suas bandeiras segregadas, individuais, corporativistas e que não buscam articular suas pautas de maneira mais universal. Atuações que estão mais a olhar para o oceano e dar as costas para a terra.