O Conceito de Ironia, Constantemente Referido a Sócrates é uma investigação aprofundada sobre a natureza da ironia, partindo do exemplo socrático para criticar sua interpretação superficial ou puramente literária. Kierkegaard propõe que a ironia de Sócrates era uma posição existencial que desafiava as convenções, abrindo espaço para a reflexão autêntica e para o autoconhecimento.
Ao analisar a ironia em seus aspectos históricos, filosóficos e existenciais, Kierkegaard delineia os limites entre ironia como figura de linguagem e ironia como postura diante da vida. Sua crítica aos românticos alemães evidencia sua rejeição às abstrações vazias e seu compromisso com a realidade vivida.
Desde sua publicação, O Conceito de Ironia tem sido reconhecido como uma das obras mais importantes sobre o tema, influenciando não apenas a filosofia, mas também os estudos literários e teológicos.
A relevância duradoura desta obra reside em sua capacidade de provocar uma reavaliação radical sobre o papel da ironia na vida intelectual e na existência. Ao investigar a ironia como caminho para a liberdade espiritual, Kierkegaard convida leitores a reconsiderarem a filosofia como atividade de autoconhecimento e transformação, inaugurando uma nova maneira de compreender o indivíduo e sua relação com o mundo.