Se a velhice fosse percebida como mais uma etapa do desenvolvimento humano, que pode ser bem aproveitada, vivida com total liberdade, com total autonomia subjetiva e de forma bem criativa, os indivíduos sentir-se-iam incentivados a percorrer novos caminhos e a buscar novos horizontes, novos objetivos, novos desafios, novos interesses e novas experiências que viessem conferir sentido à sua existência.
Acreditamos que a presente obra, situada no âmbito dos Estudos Culturais, vem dar um contributo para a construção de uma nova consciência que busque quebrar os mitos e os tabus erigidos acerca da velhice, a fim de superarmos as imagens negativas e discriminatórias construídas socialmente acerca da pessoa idosa. Acreditamos, também, que esta obra é de fundamental relevância para as instâncias produtoras de políticas de envelhecimento, que precisam se preparar para as transformações, que começam a ter lugar num cenário de envelhecimento presente e futuro, e que deverão se adequar à essa nova realidade.