Este livro trabalha com duas visões distintas acerca do cinema e sua relação com a Guerra. Primeiro, Paul Virilio apresenta o desenvolvimento dessa arte atrelada à máquina industrial-militar. Por sua vez, Jacques Rancière pensa essa relação política/estética para além dessa limitada correspondência. Uma obra de arte sempre pode mais que supõe o sistema representativo das artes. O cinema estaria dentro de um regime estético das artes, desatrelando os objetos artísticos de funções meramente políticas. Os filmes realizados em torno da memória da Grande Guerra (1914-1918) levantam exemplos de como a lógica estética opera as interpretações sobre eles gerando visibilidades, olhares, sensibilidades que anunciam o mundo emancipado na "igualdade das inteligências".