Apesar de um mundo aparentemente aberto para o humanismo, ainda será forte, em tempos de acesso, a cada dia, de mais e mais pessoas à Internet, pensamentos ditadores e equivocados à moda antiga. Onde o ser humano pobre e sem acesso às boas coisas da vida que o dinheiro pode comprar, sofre cada vez mais com a exclusão, a ocultação, o cerceamento de direitos básicos, e principalmente pela falta de ouvidos imparciais e mais atentos para lhes dar atenção. Penso que estamos evoluindo sim, mas ainda a passos lentíssimos, para que o país comece a perceber que poderia dar oportunidade para que as pessoas fossem ouvidas mais de perto e não ser tratadas como lixo. Não adianta tentar acabar com a violência apenas pela força como o projeto do Governador Sérgio Cabral, com a implantação das UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), aqui nas favelas do Rio, e o Choque de Ordem do Secretário do SEOP - Secretaria Especial da Ordem Pública, Alex Costa, comandado do Prefeito Eduardo Paes. Acho interessante, a intenção do governo, porém seria complementar ao seu projeto, tentar se aproximar, imparcialmente e sem discriminação das pessoas de rua, e de todas as pessoas que estão fora do circuito endinheirado da cidade e que, se poderiam se tornar bons contribuintes para o crescimento do nosso país. Dirijo-me, aqui, ao Governo e à Prefeitura do Rio, pois é aqui que resido atualmente e enxergo de perto os problemas. Mas a situação descrita nesse livro é apenas um exemplo mais radical da forma ineficiente de combate às pessoas, consideradas inimigas da sociedade e que está entranhada na sociedade mundial em quase toda parte do planeta. Poucos são os países que aproveitam com eficiência e lógica cada mente surgida no cenário da nação.