Na Primeira República temos um momento-chave não só para a compreensão da história do catolicismo no Brasil, como também para a apreensão das marcas que ele imprimiu na sociedade brasileira. A mudança do regime político por que passou o país e a instituição religiosa, nesse contexto, faz da Igreja Católica um importante ator político. Nas últimas décadas houve no país maior preocupação acadêmica a respeito da participação do catolicismo na sociedade, em especial com estudos que contemplam o período da Ditadura Civil-Militar. No entanto, o livro "O catolicismo nas tramas do poder" contribui para a análise do que considera gênese da (não) laicidade do Estado e, consequentemente, a instrumentalização da política pelo(s) cristianismo(s) do século XXI no país, que tentam impor à nossa diversidade religiosa uma identidade monolítica, a religiosidade cristã.